
O uso do Big Data no varejo é recente! Há pouco tempo, grandes conjuntos de dados não podiam ser processados por sistemas que oferecessem um bom custo-benefício para as empresas. Por isso, era necessário dispor de computadores de alta performance e investir pesado em hardware.
O advento do Big Data mudou essa realidade drasticamente. Agora, é possível analisar diversas informações pela nuvem a preços competitivos, e revelar tendências, padrões de consumo e associações, que ajudam empreendimentos a melhorar as suas operações e o relacionamento com os consumidores.
O varejo é um dos mercados que mais tende a se beneficiar com o Big Data. Mas será que ele está preparado para aplicar a solução? A resposta para as suas dúvidas está aqui. Continue a leitura para descobrir!
Quais são as possibilidades do Big Data no varejo?
Todas as organizações podem se beneficiar do Big Data, mas nem todas conseguem utilizá-lo de forma eficiente.
O varejo é uma das áreas de negócios que mais consegue ver resultados ao aplicar tecnologias voltadas para dados, porém, discernir as informações que são úteis para chegar aos resultados antecipados, é o maior desafio.
A Inteligência Artificial, Machine Learning, sistemas de BI e Analytics são os recursos que fazem o Big Data funcionar a favor de um empreendimento. No entanto, sozinhos, eles não são capazes de operar milagres.
É preciso aplicar Data Science, ou ciência de dados, com foco nos objetivos da marca e ter uma estratégia bem definida. Quando isso acontece, o Big Data se abre para um mar de possibilidades, como:
- obter previsões de vendas precisas para períodos determinados;
- entender melhor o comportamento, as expectativas e o estilo de vida dos clientes;
- avaliar como as pessoas se sentem em relação à sua marca;
- criar promoções customizadas que conduzam mais pessoas às lojas;
- otimizar o design da loja para que ele ofereça experiências de compra melhores;
- criar websites que convertam mais e páginas de e-commerce com altas taxas de vendas;
- compreender o processo de tomada de decisão;
- melhorar a cadeia de suprimentos e administrar melhor os estoques; e
- obter uma visão em 360° da jornada do cliente.
Quais os desafios que as empresas enfrentam para adotá-lo?
Chegar aos dados dos clientes é o principal desafio para implementar com sucesso o Big Data — podemos nos referir a ele como o problema do small data.
Vazamentos, mau uso de informações e o desejo por privacidade têm mudado a maneira como os usuários veem os dados que entregam para as empresas. Portanto, a primeira tarefa para quem quer dominar o Big Data é ganhar a confiança do cliente.
Fazer isso é mais fácil quando se investe em opções de segurança. Uma empresa que se dedica a seguir normas de compliance, como da GDPR (lei europeia que regulamenta o uso de dados e a necessidade de comunicar com clareza de como eles são armazenados e utilizados pelo negócio), e consegue passar por essa etapa tem mais chances de evoluir com os insights do Big Data.
Detectar quais outros tipos de informação uma marca precisa ao criar um cluster de Big Data também é importante. Afinal, nem todos os dados utilizados pela empresa são necessariamente dos consumidores.
Há bases de dados públicas, como as do IBGE, pesquisas de mercado feitas por grandes organizações, relatórios climáticos e ambientais, além de tantos outros conjuntos de informações que podem ser combinados para criar relações de causa e efeito.
Para isso, é preciso descobrir quais mais impactam a sua loja para atingir todo o potencial do Big Data no varejo.
Como o varejo utiliza o Big Data?
Para entender o tipo de disrupção que o Big Data traz para o varejo, precisamos olhar para alguns estudos de caso.
Para isso, veja, a seguir, como tecnologia tem ajudado empresas a obterem um ROI maior em suas ações de Marketing e relacionamento melhor com o consumidor:
Obtendo mais conhecimento sobre os clientes
Segundo a consultoria McKinsey, nos próximos cinco anos veremos mais varejistas investirem no Big Data. Com um ROI de 15 a 20%, ele já faz parte das atividades de Marketing, está integrado aos e-commerces, e começa a dar os primeiros passos para melhorar a gestão das lojas.
Na maioria dos casos de uso dentro desses departamentos de varejo, o Big Data é aplicado na forma de Data Discovery. Softwares como o Hadoop navegam por milhares de informações acumuladas por varejistas e fontes externas, para possibilitar que as empresas conheçam tão bem o cliente quanto quem é próximo dele.
Já foram vistas situações em que o Big Data no varejo permitiu às empresas se inteirarem tão bem da vida dos consumidores, que anteciparam informações que eles desconheciam.
Para se ter uma ideia, a empresa americana antecipou uma gravidez apenas acompanhando os produtos que uma cliente adquiria. Assim, utilizando uma lista de 25 itens que são comprados pelas mulheres no período imediatamente anterior à gravidez, como hidratantes feitos com manteiga de cacau, ela não só descobriu essa informação, mas também conseguiu precisar quando a moça teria o bebê.
Essa granularidade dos dados é muito útil para que uma loja envie ofertas específicas para os seus clientes, com o timing certo para motivá-los a comprar mais.
Criando ações de alto impacto
Com o conhecimento sobre o shopper de que as lojas dispõem com Big Data, o desafio de criar campanhas de alto impacto é menor. O chamado Marketing Data-driven é uma maneira mais incisiva de atingir os consumidores e obter resultados.
Imagine uma campanha de e-mail marketing: com as informações adequadas, ela pode converter exatamente aqueles clientes por microsegmentos, com mensagens personalizadas para chamar a atenção.
Segundo o estudo da ClickZ, empresa especializada em estratégias online, o uso de dados aumenta as conversões de clientes, que deixaram de comprar de um varejista, em até 20%.
Otimizando o layout de lojas
A performance do Big Data tem muito a ver com os dados que alimentam os sistemas. Por isso, quanto mais informações uma empresa consegue coletar, maior a possibilidade de aplicá-las em tarefas tão complexas quanto alterações na distribuição de produtos pelas lojas.
Nesse sentido, sensores RFID são grandes parceiros na geração de insights. Utilizados para mapear o movimento dos clientes pelas lojas, eles conseguem dados importantes para otimização do layout dos varejos.
A Watches of Switzerland, localizada em Londres, construiu uma megastore em 2014, direcionada por dados. Composta por três andares e organizada para atender, em cada um deles, uma persona diferente (entusiastas, conhecedores e colecionadores), a loja integra outras tecnologias como displays interativos para ir ao encontro das demandas dos consumidores.
O Big Data no varejo está revolucionando ao redor do mundo com o poder dos dados. A percepção de que a tomada de decisão suportada pela geração de insights traz melhores resultados é evidente. Portanto, é preciso superar seus desafios e customizar suas aplicações para as necessidades de cada empresa.
Conseguiu entender melhor como funciona o Big Data no varejo? Já utiliza a solução no seu negócio? Compartilhe sua experiência conosco.
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