Transformação digital no varejo: o que é e por que é necessária? 4 2526

Mulher com smartphone na loja

Os aparelhos eletrônicos e as tecnologias de comunicação e informação têm mudado a nossa forma de nos relacionarmos uns com os outros e também com os bens de consumo. Não é de se espantar que essa novidade tenha causado uma verdadeira transformação digital no varejo e trazido com ela muita inovação para as diversas etapas de um bom planejamento de marketing — da divulgação ao ponto de venda.

Hoje vamos falar sobre os valores que essa transformação digital está trazendo para o mundo e como ela impacta no comportamento e nas necessidades do consumidor, apresentando também tendências importantes que o varejo deve se adaptar nesse novo cenário. Confira!

Do mundo analógico ao digital

O desenvolvimento tecnológico nunca foi tão rápido como nos últimos 30 anos. Por conta disso, o século XXI começa em um cenário de transição no qual os valores da sociedade se ajustam ao seu novo funcionamento e vice-versa. Em outras palavras, muito do que passamos a fazer com a tecnologia mudou o nosso entendimento de mundo, ao passo que por entendê-lo de forma diferente vemos a possibilidade de também agir diferente.

Por exemplo, muitas atividades sociais que antes só se realizavam face a face passaram a usar aparelhos digitais como intermediários, desse modo passamos a interagir com nossos círculos de modo diferentes. Por conta disso, duas mentalidades começaram a se chocar e a se mesclar.

Com o surgimento da internet, produzir e consumir informação ficou muito mais fácil. Deixou de ser necessário aguardá-la de instituições centralizadoras — como os jornais, as editoras e as emissoras de rádio e televisão — e de se submeter à aprovação delas para divulgar uma ideia ou opinião nova.

Isso faz parte de um deslocamento do funcionamento dos meios de comunicação, que passou do modelo “um para muitos” para o “todos para todos”. Enquanto que antes a informação era divulgada apenas por essas instituições e consumida pelo grande público de leitores, ouvintes e espectadores, hoje cada usuário é ao mesmo tempo consumidor, divulgador e produtor do seu conteúdo.

Esse é um passo fundamental para o desenvolvimento da globalização, que nos deixa mais próximos de outras culturas e mais capazes de construir comunidades fortes em torno de preferências e comportamentos que antes eram vistos como desvios e que, por isso, não eram contemplados pelo mercado.

Além disso, a partir do momento em que os celulares começaram a ficar mais “espertos”, os desejos dos usuários passaram a ser atendidos com respostas rápidas, a qualquer hora e lugar, contanto que se esteja conectado — e nós sempre estamos.

Como as nossas ações mudam nossa mentalidade e nossa mentalidade também muda nossas ações, passamos a desejar a interatividade que encontramos no mundo digital também fora dele.

Também nos acostumamos com a liberdade que ele dá de deixar nossa marca virtual, de nos comunicarmos com formas de expressão múltiplas e de sermos diversos.

A transformação digital no varejo

Esses valores que acabamos de ilustrar — responsividade, diversidade, instantaneidade e ubiquidade — e as nossas crenças sobre como eles transformarão o futuro tornam-se ingredientes fundamentais para um planejamento de marketing atual, capaz de apelar para o consumidor do novo milênio.

Eles podem ser aplicados de diversas formas nos próprios valores da marca, na divulgação dos produtos e, principalmente, no ponto de venda. A divulgação, portanto, deve se valer do novo modelo “todos para todos”, por meio do qual a informação se espalha hoje em dia ao invés de depender apenas das mídias antigas.

O ponto de venda, como local decisivo da compra, precisa ser interativo, permitindo que o consumidor se expresse. Além disso, deve estar pronto para respondê-lo da forma adequada, para que ele se sinta uma parte mais ativa nessa relação, transformando a sua experiência de compra.

As propagandas e promoções devem levar em conta a identidade dos consumidores e prever as suas principais necessidades, traçando perfis de forma inteligente por meio dos rastros que os consumidores deixam nas suas navegações virtuais e reais.

Sabendo disso, você já deve ter entendido que para se destacar da concorrência hoje em dia é fundamental se atentar ao modo como os valores do mundo digital estão transformando o varejo. Para deixá-lo a par desse assunto, trouxemos algumas tendências que já fazem o maior sucesso.

Realidade aumentada

A realidade aumentada surge como uma ótima maneira de inovar, tendo em vista o valor da responsividade. Ela consiste no uso de aparelhos eletrônicos para transformar as interações do usuário com espaços ou objetos reais por meio da adição de elementos virtuais.

Ela pode ser utilizada pelos colaboradores no ponto de venda, ao utilizar uma tela digital com sensores de movimento para apresentar um produto de forma mais interessante ou mesmo pelos próprios consumidores, como no caso de interações com o ambiente e com os produtos mediadas pelo celular.

Um ótimo exemplo disso são espelhos responsivos em provadores que reconhecem as roupas e apresentam informações adicionais sobre elas, como a disponibilidade no estoque, sugestões de looks e acessórios que combinem com as peças.

Holografia

A holografia faz parte do nosso imaginário desde os filmes de ficção científica. Com os projetores é possível criar imagens em movimento, que além de decorar o ambiente de forma futurista, também informam o consumidor ou propagam os valores da marca.

Anteparos possíveis para essas projeções que podem ser pequenos, quase disfarçados em meio às prateleiras da loja, como também a lateral de um prédio no meio da cidade, aproveitando a sua estrutura e transformando-a por meio do videomapping.

Como exemplo, temos os assistentes holográficos que interagem com os consumidores nos pontos de venda respondendo suas dúvidas e tornando a experiência de compra mais envolvente.

Integração com as redes sociais

Se as redes sociais são a nossa nova televisão, a publicidade precisa seguir esse fluxo e marcar presença nesses novos espaços no qual todos têm voz. Neles, fala mais alto quem for mais compartilhado e não necessariamente quem paga mais caro pela exposição.

Sendo assim, mais importante do que falar da marca em si, é falar das sensações e dos valores que ela tem em comum com o seu consumidor e tocá-lo de modo que ele sinta a necessidade de fazer coro para a mensagem. Desse modo, a propaganda viraliza.

Mesmo que por ora você duvide da possibilidade de alguma dessas tendências se encaixar no perfil da sua empresa, vale a pena se informar sobre o assunto e buscar alternativas, pois são muitas as opções. Às vezes, tudo que você precisa é dar aquele “empurrãozinho” para que ela se adéque ao futuro do varejo.

Esperamos que o post de hoje tenha ajudado compreender o quanto os valores do mundo digital estão substituindo os do analógico e também a importância dessa transformação digital no varejo.

Se você se interessa em saber mais sobre as consequências dessas mudanças e como manter a sua empresa atualizada, assine a nossa newsletter!

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Varejo alimentar: 06 dicas de experiências para o seu PDV (+ 1 bônus) 0 304

No varejo, principalmente no segmento alimentício, a concorrência é acirrada e a busca por atrair e fidelizar clientes é constante. 

Para se destacar, é essencial oferecer experiências convenientes, ágeis e personalizadas. 

A tecnologia tem sido uma aliada na geração de experiências de autoatendimento, personalização e interatividade no PDV, aumentando as vendas e a satisfação dos consumidores. 

A seguir, apresentamos 6 exemplos de tecnologias que podem ser aplicadas no seu PDV de varejo alimentar, além de uma dica bônus.

1. Self-checkout

Os terminais de self-checkout são sistemas de autoatendimento onde os próprios clientes registram e pagam pelos produtos. 

Essa tecnologia agiliza o processo de compra, reduz filas e proporciona maior autonomia e satisfação ao cliente. 

Além disso, o self-checkout ajuda a otimizar a gestão de funcionários e a reduzir custos operacionais.

Um exemplo de sucesso na implementação do self-checkout é a rede de supermercados Pão de Açúcar, que introduziu essa tecnologia em suas lojas para melhorar a experiência de compra dos clientes e aumentar a eficiência operacional.

Nas lojas do Pão de Açúcar com self-checkout, os clientes podem escolher entre o atendimento tradicional no caixa ou optar pelo autoatendimento. 

Ao escolherem a opção de self-checkout, os clientes escaneiam os produtos, pesam os itens que necessitam, empacotam-nos e realizam o pagamento por meio de cartões de crédito, débito ou aplicativos de pagamento, sem a necessidade de interagir com um funcionário.

A implementação do self-checkout nessas lojas trouxe diversos benefícios, como:

  1. Redução das filas e do tempo de espera, proporcionando maior comodidade aos clientes;
  2. Maior autonomia para os consumidores, que passaram a ter mais controle sobre o processo de compra;
  3. Otimização do trabalho dos funcionários, que podem ser realocados para outras funções, como atendimento ao cliente e reposição de produtos;
  4. Redução de custos operacionais, já que a necessidade de contratação de caixas é diminuída.

Com a crescente demanda por agilidade e autonomia no varejo, o self-checkout se apresenta como uma solução eficiente para melhorar a experiência de compra e aumentar a competitividade no mercado.

2. Holografia de Gôndola

A holografia de gôndola permite a projeção de imagens tridimensionais de produtos e ofertas nas prateleiras. 

Essas projeções realistas chamam a atenção dos clientes e destacam lançamentos ou itens em promoção, incentivando a compra. 

A tecnologia também pode ser utilizada para criar experiências imersivas e diferenciadas no ponto de venda.

Um grande marca do varejo alimentar que já aposta em holografias de gôndola é a Coca-Cola

A marca incorporou essa tecnologia em diversas redes varejistas para atrair a atenção dos clientes e aumentar o interesse em produtos específicos.

Nas gôndolas equipadas com holografia, os clientes podem ver projeções 3D realistas de produtos, além de itens promocionais.

Essas projeções são exibidas de forma dinâmica e chamativa, destacando os itens em oferta e proporcionando uma experiência de compra única e inovadora.

3. Scan-and-show

O scan-and-show é um sistema que utiliza scanners ou aplicativos de smartphone para ler códigos de barras ou QR codes dos produtos. 

Ao escanear, os clientes têm acesso a informações detalhadas do produto, como ingredientes, informações nutricionais e promoções. 

Isso aumenta a interatividade e confiança do consumidor, além de facilitar a comparação de produtos e a tomada de decisão de compra.

A rede Pão de Açúcar é uma das que já possui um sistema de Scan-and-show.

Por meio do aplicativo, os clientes podem escanear os códigos de barras ou QR codes dos produtos nas prateleiras das lojas, obtendo acesso a informações detalhadas, como ingredientes, informações nutricionais, alergênicos e promoções. 

Além disso, o aplicativo também permite criar listas de compras, verificar o histórico de compras e acumular pontos no programa de fidelidade da rede.

4. Store-in-Store

A estratégia de store-in-store consiste em criar, dentro de um estabelecimento maior, espaços exclusivos dentro para marcas parceiras ou produtos específicos. 

Esses espaços são projetados para destacar e valorizar os itens, atraindo a atenção dos consumidores e gerando maior interesse. 

Mais que isso, o Store-in-Store pode ser uma forma de oferecer experiências personalizadas e exclusivas aos clientes, fortalecendo a relação entre marcas e consumidores.

Veja esse exemplo que fizemos para a Nestlé:

5. Vending Machine

As Vending Machines são máquinas automáticas de venda que disponibilizam produtos selecionados, como lanches, bebidas e itens de conveniência. 

Você com certeza já viu alguma no metrô ou em algum aeroporto.

Essas máquinas oferecem comodidade aos clientes, que podem comprar produtos rapidamente e sem a necessidade de interação com funcionários. 

Além disso, as Vending Machines podem ser posicionadas em áreas estratégicas do PDV, facilitando o acesso e incentivando as compras por impulso.

Mas, nosso ponto aqui é sobre a oportunidade de transformar essas Vending Machines em Pontos de Experiência (PDX).

Você pode aproveitar a própria máquina para investir em publicidade diferenciada que se aproxima do consumidor. 

Veja um exemplo que fizemos com a Ambev:

6. Projeção mapeada em mesas, balcões, superfícies

A projeção mapeada é uma técnica que utiliza projetores para criar imagens e animações interativas em superfícies como mesas, balcões e paredes. 

Essas projeções podem ser usadas para exibir informações sobre produtos, criar ambientes temáticos ou proporcionar experiências imersivas aos clientes. 

Por exemplo, em um restaurante ou padaria, é possível projetar imagens de pratos e bebidas em mesas, permitindo que os clientes visualizem os produtos antes de realizar o pedido. 

A projeção mapeada também pode ser usada para criar ambientes temáticos e personalizados, melhorando a experiência do cliente no PDV.

Para inspirar, deixamos a seguir um exemplo de projeção mapeada que fizemos para a ABYAT: 

(+) BÔNUS: Sensores no ponto de venda (PDV)

Os sensores no PDV são dispositivos tecnológicos que coletam informações sobre o comportamento e preferências dos clientes no ponto de venda. 

Esses dados são úteis para entender melhor o público, personalizar ações promocionais e aprimorar o atendimento.

Um exemplo de plataforma de utiliza sensores no PDV é o Granometrics.io, desenvolvido pela Alice Wonders. 

Essa plataforma multissensor permite mapear o comportamento dos consumidores no PDV e gerar dados e insights poderosos para a tomada de decisão. 

Com o Granometrics, você pode:

  • Aumentar a economia e eficiência da equipe de vendas;
  • Conectar o fluxo da loja física ao online;
  • Aprimorar o visual merchandising baseado em dados;
  • Reposicionar produtos para impulsionar vendas;
  • Antecipar demanda;
  • Prever ruptura de gôndola;
  • E muito mais!

Com o Granometrics.io, você obtém um mapa granular da loja física, medindo o interesse, impacto e volume de fluxo nas áreas de cobertura de cada sensor.

Além disso, a solução é de baixo custo, com sensores IoT acessíveis, conexão 4G inclusa e sensores sem fio. É um sistema plug-and-play de fácil instalação e que não requer mudanças na infraestrutura da loja.

Com base nessas informações, é possível ajustar a estratégia de vendas, aprimorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência do ponto de venda.

Por fim, as tecnologias apresentadas neste artigo podem ajudar a criar experiências mais convenientes, ágeis e personalizadas no varejo alimentar.

Ao adotar soluções como self-checkout, holografia de gôndola, scan-and-show, store-in-store, vending machines e projeção mapeada, é possível atrair e fidelizar clientes, destacando-se da concorrência. 

Além disso, a dica bônus de utilizar sensores no PDV oferece uma oportunidade de melhorar ainda mais a experiência do cliente, baseando-se em dados e insights gerados a partir do comportamento do consumidor.

 

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Smart Retail: Transformando lojas físicas em espaços inteligentes 0 553

Lojas físicas têm sido um elemento fundamental da experiência de compras há décadas, mas o crescimento do comércio eletrônico trouxe uma mudança significativa no comportamento do consumidor. Para permanecer competitivos, as lojas tradicionais precisaram se adaptar e abraçar as últimas tecnologias para oferecer aos clientes uma experiência de compras mais suave e agradável. É aqui que entra o Smart Retail.

O Smart Retail, também conhecido como comércio inteligente, refere-se à integração de tecnologias de ponta em lojas físicas. Isso inclui o uso de sensores, inteligência artificial e outras ferramentas digitais para melhorar a experiência de compras para os clientes. Desde o momento em que os clientes entram em uma loja, eles são recebidos por um ambiente de Smart Retail que lhes fornece informações em tempo real, recomendações personalizadas e um processo de checkout mais eficiente.

Uma das mudanças mais notáveis em lojas de Smart Retail é o uso de sensores. Esses sensores rastreiam o comportamento e as preferências dos clientes, permitindo aos varejistas personalizar sua experiência de compras de acordo. Por exemplo, se um cliente frequentemente compra um determinado produto, eles podem receber recomendações personalizadas com base em suas compras anteriores. Esse tipo de personalização ajuda a construir uma relação mais significativa entre o cliente e a loja, o que leva a um aumento da lealdade do cliente.

Outro aspecto do Smart Retail é o uso da inteligência artificial (IA) para automatizar e simplificar vários processos. Por exemplo, a IA pode ser usada para prever a demanda dos clientes, gerenciar o estoque e até mesmo auxiliar com vendas e marketing. Isso leva a uma operação de varejo mais eficiente e eficaz, permitindo que os varejistas se concentrem em fornecer a melhor experiência possível para o cliente.

O Smart Retail também aproveita os últimos avanços na tecnologia móvel. Os clientes podem usar seus smartphones para acessar informações da loja, visualizar detalhes dos produtos e fazer compras diretamente de seus dispositivos. Isso fornece uma experiência de compra mais conveniente e imersiva, permitindo aos clientes se envolver com a loja de maneiras novas e empolgantes.

Em resumo, o Smart Retail representa uma grande mudança no setor de varejo, oferecendo uma experiência de compra mais personalizada e eficiente para os clientes. Com a integração de novas tecnologias, as lojas físicas estão se tornando mais inteligentes e adaptáveis, tornando-se uma opção mais atraente para clientes que valorizam uma experiência de compra prática. Os varejistas que adotam o varejo inteligente estarão bem posicionados para competir no cenário de varejo em rápida evolução.

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