Lojas temporárias (Pop-up Store): uma nova alternativa para o varejo 0 4187

mulher passando por lojas temporárias

Encontrar formas mais flexíveis de utilizar o espaço é uma tendência que com certeza estará presente nos shoppings do futuro. É por isso que no presente já tem gente inspirada nessa premissa e que está inovando no varejo. As lojas temporárias são um ótimo exemplo dessas novas ideias.

A seguir, você vai entender melhor sobre a importância de incorporar novas estratégias no varejo e também conhecerá as lojas temporárias e um pouquinho da experiência de um dos nossos parceiros com esse formato. Confira!

A importância de novas estratégias no varejo

Contar com uma proposta inovadora é benéfico para qualquer negócio, pois ajuda a marca a se destacar da concorrência. É claro que nem sempre é possível inovar demais no que diz respeito aos produtos ou serviços em um mundo em que tantas boas ideias já foram postas no mercado.

Sendo assim, a inovação pode vir atrelada a como o produto é apresentado e à experiência de compra que a marca é capaz de proporcionar ao consumidor. Ou seja, o PDV torna-se o palco principal da inovação para uma marca que deseja se posicionar melhor em um mercado já consolidado.

A principal forma de trazer inovação para o varejo é incorporar os novos valores que têm ganhado destaque na atualidade, como a quebra de hierarquias, a sustentabilidade, a possibilidade de estar conectado em todo lugar e a qualquer momento, a customização dos serviços etc.

O conceito das lojas temporárias

Lojas temporárias — ou pop-up stores, como são conhecidas em inglês — são lojas que abrem por tempo determinado em locais estratégicos com a intenção de oferecer ao consumidor uma oportunidade diferente de interagir com a marca.

O surgimento

A ideia das lojas temporárias se baseia bastante no conceito de exposições e feiras, que são recorrentes em diversos lugares e datam de muitos séculos. A grande diferença entre as duas experiências é que as lojas temporárias não são organizadas por um conjunto de pessoas ou empresas, são uma iniciativa de uma marca específica.

A primeira loja temporária que se tem notícia surgiu em novembro de 2002, em Nova Iorque. A marca Target, grande supermercado e loja de departamento norte-americana, criou a Target Boat — ou Barco Target, em português — que ficou temporariamente atracada em um pier de Manhattan.

De lá para cá, diversas marcas fizeram algo parecido, como a Song Airlines, a Comme des Garçons e a Samsung. Outros tipos de negócios também experimentaram a ideia, como os restaurantes.

O funcionamento

Ao criar uma experiência tão diferente, a marca consegue atrair muito mais visitas do que de costume, transformando a pop-up store numa oportunidade de apresentar seus produtos para um público mais amplo.

Além disso, por não contar com uma estrutura fixa, é possível pensar em locais mais inusitados, corroborando para uma experiência de compra única e inesquecível.

Sendo assim, as lojas temporárias inspiram curiosidade no público e criam também uma sensação de oportunidade. Assim como no caso de outros eventos que têm data para começar e para terminar, as pop-up stores deixam as pessoas pensando: “Poxa, se eu não aproveitar para conhecer agora, nunca mais poderei ver de novo”.

Talvez por se inspirarem nas feiras e também por contarem com um ar de inovação e jovialidade, não é raro que lojas temporárias estejam acompanhadas de expressões artísticas diversas, como música ao vivo, exposições de artes plásticas etc.

Lojas temporárias também podem ser uma ótima solução para e-commerces que não contam com lojas físicas e que desejam divulgar suas marcas para um público mais localizado.

Por fim, para qualquer tipo de empreendimento, é mais fácil e menos arriscado planejar a abertura de uma loja temporária do que a de uma loja comum. Desse modo, as pop-up stores também são uma ótima forma de testar a viabilidade de abertura de um negócio em determinada localização. Não são raros os exemplos de lojas que abriram temporárias e tornaram-se fixas.

Exemplos de uso no Brasil

Ainda que hajam experiências anteriores, essa tendência só se tornou mais comum no Brasil em 2009. A loja temporária da Nike, na Galeria do Rock, em São Paulo, é um dos exemplos mais marcantes.

No que diz respeito a lojas virtuais, quem se valeu das pop-stores para encontrar o consumidor pessoalmente foi a Oppa, e-commerce de móveis que abriu uma loja temporária no Shopping Eldorado de São Paulo.

A Sephora é uma loja de cosméticos que já tem o costume de abrir lojas temporárias, chegando a ter 14 espaços desse tipo no ano passado nas principais capitais do país.

A experiência da Popspaces

Alê Valdivia, co-founder da AliceWonders, afirma: “Se puder resumir em uma palavra, o futuro do varejo será mais humano. Ele volta a ser local. Todo mundo cansou da meia maratona de entrar no hipermercado, numa loja grande ou da frieza do e-commerce… Você ter a loja local, feita por alguém da comunidade, que valoriza o bairro, isso volta a ter importância”.

Nesse sentido, as lojas temporárias contam com uma grande vantagem que é levar a marca a um novo local e permitir que ela interaja com o espaço e com as pessoas que circulam nele.

Eric Winck, co-founder da AliceWonders, argumenta também nesse sentido, afirmando que uma das principais vantagens que as lojas temporárias oferecem é a capilaridade, ou seja, a capacidade de atingir locais mais específicos sem fazer investimentos grandes demais.

“Ao invés de você passar muito tempo reformando e fazendo estudos de viabilidade de um espaço grande, você pode ter vários menores que atacam nichos locais e te dão a capilaridade que com algumas lojas você não tem”, afirma Eric.

O museu tecnológico, por exemplo, que foi construído no bairro do Ipiranga, em São Paulo, e contava com o formato de pop-up store, tinha como propósito divulgar um novo prédio que estava sendo construído, mas também contar a história do bairro e convidar a população local a conhecer o projeto.

O resultado foi a melhora das vendas, 80% do empreendimento foi vendido em apenas cinco semanas. E isso se justifica no modo como a experiência permitiu que a marca se inserisse na comunidade e ganhasse a sua confiança.

As lojas temporárias podem ter tantas outras aplicações para os mais diversos mercados e ser a estratégia que você está procurando se o seu objetivo é estabelecer uma relação mais próxima com os seus clientes e proporcionar uma experiência de compra marcante.

Quer aprender mais sobre lojas temporárias e muitos outros tipos de inovação para o varejo? Então nos siga no Facebook, no Instagram e no Vimeo e se inscreva também no nosso canal do YouTube para ficar por dentro das novidades!

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Experiências Digitais: A evolução das lojas físicas 0 231

As Experiências Digitais em lojas físicas estão mudando a forma como os consumidores interagem com as marcas e os produtos. Essas tecnologias permitem que as empresas acessem informações valiosas sobre o comportamento dos consumidores, ajudando-as a entender melhor suas necessidades e desejos.

Por exemplo, as lojas podem usar sensores para rastrear as rotas que os clientes tomam ao redor da loja, a quantidade de tempo que passam em determinadas áreas e o que estão olhando ou tocando. Essas informações podem ser usadas para ajustar a disposição dos produtos, a exibição de marketing e a localização dos displays.

Outra forma de experimentar o comportamento do consumidor é por meio de tecnologias de realidade aumentada e virtual, como provadores virtuais e aplicativos de realidade aumentada. Esses recursos permitem que os consumidores experimentem produtos sem ter que sair da loja, aumentando a probabilidade de compra. Além disso, as lojas podem coletar dados sobre as preferências de cor, tamanho e estilo dos consumidores, ajudando-as a personalizar suas ofertas futuras.

As Experiências Digitais também estão mudando a forma como os consumidores pagam pelos produtos. As lojas podem oferecer opções de pagamento móvel, como Apple Pay e Google Wallet, tornando o processo de compra mais rápido e conveniente. Além disso, os consumidores podem usar aplicativos para escanear códigos de barras e comparar preços antes de fazer a compra.

Em resumo, as Experiências Digitais em lojas físicas estão revolucionando a forma como as empresas compreendem o comportamento do consumidor. Ao coletar e analisar dados sobre a interação dos consumidores com os produtos e as lojas, as empresas podem ajustar suas estratégias de marketing e vendas para atender melhor às necessidades dos clientes. E isso, por sua vez, aumenta a satisfação dos clientes e a fidelidade à marca.

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8 livros para entender a importância da experiência do cliente 0 478

Em qualquer área e em qualquer momento da vida, dicas de livros são sempre muito bem-vindas. Mas isso pode ser ainda melhor quando falamos de desenvolvimento profissional e melhoria dos serviços prestados no varejo.

Entre as exigências desse mercado, a experiência do cliente é um dos fatores que mais têm inspirado o aprendizado. E um ponto positivo diante disso é a grande quantidade de obras literárias que trazem conceitos importantes que tratam sobre o assunto.

O ponto de partida para uma boa experiência do cliente é compreender o comportamento do consumidor. Depois disso, o trabalho se concentra em moldar tudo que diz respeito ao seu negócio varejista para tornar essa interação entre cliente e loja a mais satisfatória possível.

Para te ajudar nessa missão, aqui vão 8 livros que serão importantes no processo!

1. The Experience Economy – Joseph Pine II, James H. Gilmore

The Experience Economy é uma das mais importantes obras já publicadas sobre a experiência do cliente. O livro traz um olhar de destaque sobre a importância de ter um olhar inovador sobre a forma como os varejistas se relacionam com seus clientes.

A obra traz um destaque especial para um ponto importante do cenário atual: a disputa pela atenção do consumidor é cada vez maior. Em contrapartida, o tempo despendido por essas pessoas só reduz. Afinal, há muitas interações e gatilhos que captam o foco, o que faz com que seja preciso se destacar cada vez mais, algo que requer expertise.

2. O Poder dos Momentos – Chip Heat, Dan Heat

O encantamento do cliente é uma capacidade única que nem toda experiência é capaz de projetar. E se seu negócio falha nesse momento, pode ser que nunca consiga criar conexões e gerar engajamento. O Poder dos Momentos aborda essa necessidade e mostra como ter impacto acima da média nessas interações é fundamental.

Com essa premissa, os autores da obra contam histórias e detalham cases de sucesso de empresários que conseguiram transformar pequenos momentos em fatos históricos. Assim, você conseguirá entender quais bases conceituais foram utilizadas e então, poderá pensar como replicá-las dentro do contexto do seu negócio atual.

3. A Experiência Apple – Carmine Gallo

A Apple nunca quis que seus consumidores fossem apenas pontuais. E isso fica bastante claro quando vemos pessoas com várias gerações do iPhone, por exemplo. Mas é importante saber que isso começa bem no início do funil, mais especificamente, quando um consumidor vai até uma unidade da Apple Store, a loja oficial da marca.

Por lá, tudo é incrível, desde o atendimento até as palestras e workshops oferecidos gratuitamente. O processo de atendimento e guia até a tomada de decisão é feito com uma abordagem de consultoria, muito mais do que venda. E tudo isso pode ser visto detalhadamente em A Experiência Apple. Sem dúvidas, um ótimo livro!

4. Guiados Pelo Encantamento – O Método Mercedes-Benz – Joseph Michelli

Assim como a Apple tem seu próprio método de encantamento e fidelização no varejo de eletrônicos, a alemã Mercedes-Benz age de forma única no mercado automotivo. Luxo e sofistifação são bases da marca, mas há mais por trás disso. Para chegar ao topo, houve um intenso e aprofundado trabalho de entendimento do cliente e suas necessidades.

O livro traz o entendimento da marca sobre um processo que vai desde a identificação das exigências do consumidor médio até o estabelecimento de um método de recompensas a clientes fiéis. Tudo isso, sem deixar de encantar e tratar o consumidor como um membro de um clube exclusivo. Afinal, estamos falando da Mercedes-Benz!

5. O Jeito Disney de Encantar os Clientes – Richard Branson

Quem já teve a oportunidade de vivenciar um dia nos parques da Disney, em Orlando, EUA, já consegue entender de primeira do que se trata esse encantamento. Por lá, tudo é projetado para ser único, envolvente e, principalmente, parte de uma experiência que você lembrará por toda sua vida. E é claro, tudo isso estrategicamente planejado.

O livro trará os bastidores da empresa, mostrando quais são os conceitos aplicados na gestão do negócio e no atendimento ao cliente. Você entenderá como o ambiente Disney é projetado para despertar sentimentos e fazer com que isso seja convertido em consumo, mas ainda assim, sem perder toda a magia que os estúdios constroem a cada nova obra lançada.

6. Guia do Relacionamento e Customer Experience – Roberto Madruga

Customer Experience é, sem dúvidas, uma das bases do sucesso de negócios no mundo atual. Mais do que atender bem e gerar vendas, esse conceito projeta o envolvimento e o engajamento do consumidor. A partir desse bom relacionamento, construído com feeling e análises especializadas, varejistas podem crescer consideravelmente no mercado.

A obra tem uma abordagem bastante técnica do assunto, trazendo um olhar sobre questões como a jornada do cliente, KPIs de vendas, o impacto do uso do CRM nas empresas, metodologias de atendimento, estratégias omnichannel entre outros pontos. Por isso, é um ótimo livro para aprender mais e revisar as bases do atendimento ao consumidor.

7. Storybrand – Donald Miller

Storybrand é um livro que preza pela necessidade de criar mensagens claras para alcançar clientes e fazer essas pessoas entenderem o que seu negócio deseja na relação com elas. Na verdade, Storybrand é a metodologia criada por Donald Miller com o foco em projetar uma ideia praticamente irresistível acerca de um produto ou serviço.

Basicamente, a obra mostra como é possível criar histórias únicas de branding, capacitando empresas a se tornarem extremamente interessantes no imaginário do cliente. Mas isso vai além: é necessário trabalhar em conjunto a experiência do consumidor, para aí sim, criar o cenário perfeito de engajamento seguido de vendas.

8. Sucesso do cliente – Como as empresas inovadoras estão reduzindo o cancelamento e aumentando a receita recorrente – Nick Metha, Dan Steinman, Lincoln Murphy

O ciclo de vida do cliente é mais do que somente um conceito amplamente difundido no varejo. Essa ideia é realmente algo que precisa ser colocado em prática. Assim, você consegue renovar as relações, fazendo com que um cliente fidelizado não deixe, em algum momento, de ser um consumidor ativo da sua empresa.

Nesta obra, além disso, os autores mostram como tornar consumidores verdadeiros advogados da sua marca. Em abordagens inovadoras, grandes empresas têm conseguido isso com maior facilidade, o que passa por uma visão de negócio bem estabelecida. O livro é quase um manual sobre como conquistar isso com a devida eficácia.

E aí, curtiu essas dicas de livros? A gente espera que seu negócio cresça bastante e que seu consumidor esteja cada vez mais encantado com as experiências que você projeta a ele diariamente no seu espaço físico.

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