Como utilizar o geomarketing para melhorar o desempenho no varejo?​ 0 3991

mulher comprando utilizando celular

Entender como a geolocalização de consumidores e empresas concorrentes afeta o índice de vendas e o comportamento do mercado é fundamental para definir os rumos que você deseja que seu negócio siga. Estamos falando sobre o geomarketing.

William Applebaum foi o primeiro a notar isso e utilizar em benefício do varejo. Ele estudou a forma como o varejo se desempenhava em cidades menores dos EUA durante o ano de 1929, colocando tachinhas em um mapa para localizar os estabelecimentos de seu negócio.

Não demorou muito para que ele percebesse que a técnica tornava a visualização das informações muito mais fácil e, por consequência, a tomada de decisões mais assertiva.

Após quase um século dando suporte a empreendedores de variados portes e mercados, as tachinhas foram substituídas pelo Google Maps, felizmente. Acompanhe a leitura deste artigo para saber mais sobre como o geomarketing ajuda a desenvolver o desempenho no varejo.

O que é geomarketing?

Trata-se de uma das vertentes do marketing, mas que tem a localização e visualização de dados mercadológicos baseada em mapas, com a finalidade de aprimorar o processo de tomada de decisões estratégicas de uma determinada marca, produto ou serviço.

Ao considerar a localização geográfica dos clientes, prospects e da concorrência, gera-se vantagens competitivas, pois o negócio passa a se basear em dados precisos a respeito do comportamento do consumidor, e de que forma a região em que ele habita influencia em seu poder de compra, ajudando os gestores a identificar oportunidades de mercados, elaborar perfis de clientes, entre outros.

As análises de geomarketing podem ser aplicadas em diferentes níveis, desde estados, cidades, bairros, até ruas e ponto comerciais específicos, dando suporte às  ddecisões para melhorar o planejamento, estruturar e implantar metodologias e ações ligadas à dinâmica de consumo territorial.

Como funciona a estratégia da geolocalização?

De forma simplificada, um usuário que usa geolocalização em seu dispositivo móvel envia informações sobre sua localidade por meio de recursos de compartilhamento , que a maioria dos aplicativos oferece hoje em dia, como o famoso check-in pelo Facebook, Instagram, Google e Foursquare.

Quando um cliente visita um determinado restaurante ou loja, e abre um aplicativo baseado em geolocalização, o GPS identificará o local em que ele está utilizando a internet móvel do aparelho.

Por fim, a pessoa selecionará o nome do estabelecimento onde ela está e compartilhará a informação em suas redes sociais. Conhecemos esse processo como check-in, uma das formas mais comuns de utilizar o geomarketing em benefício de uma marca.

Lembrando que o geomarketing também pode ser usado tanto para analisar a viabilidade de um negócio em uma determinada região, quanto para realizar aplicações de maior complexidade.

Por exemplo, empresas podem utilizar a ferramenta para fazer estimativas de vendas em novos pontos de venda (PDV), assim como mapear quais produtos têm maior potencial comercial dentro da região em questão.

Como implantá-lo em seu negócio?

Agora que você  tem uma compreensão mais clara sobre como o geomarketing atua, mostraremos algumas práticas simples para implantá-lo em seu negócio.

Incentive o check-in

Como você já deve ter notado até aqui, o check-in é uma das ferramentas mais importantes do geomarketing. Apesar de parecer simples, tem um grande poder de influenciar outros consumidores a aderirem à ideia.

Portanto, estimule os clientes a fazerem check-in em seu estabelecimento, oferecendo algum tipo de benefício em troca, como descontos, brindes ou até mesmo a senha do Wi-fi.

A última alternativa tem sido muito utilizada por restaurantes, cafeterias e outras empresas varejistas que atraem grande movimentação de pessoas diariamente, pois além de ser uma troca justa, a estratégia é muito eficiente, já que existem formas de configurar para que os clientes só tenham o acesso à internet liberada após realizarem o check-in em sua loja nas redes sociais.

Faça campanhas de fidelização

Por falar em troca justa, o Foursquare, nesse aspecto, é uma ferramenta indispensável em ações e campanhas de fidelização de clientes. Afinal, a rede social permite que você premie os consumidores com maior frequência no estabelecimento.

Por exemplo, o usuário que realizar mais check-in em um determinado espaço de tempo, é nomeado “prefeito”. O prefeito pode ser premiado por sua loja com algum tipo de vantagem exclusiva.

Estimule comentários

Os comentários são ótimos para que você tenha feedbacks reais sobre a satisfação dos clientes em relação aos serviços ou produtos oferecidos por sua marca.

Além disso, os comentários positivos de clientes , que tiveram uma experiência agradável com o estabelecimento, ajudam os consumidores indecisos a obter as informações necessárias para sanar suas dúvidas. É o famoso boca a boca, mas no ambiente digital.

Portanto, sempre que possível estimule os usuários a fazerem comentários e darem sua opinião sobre o que acharam do atendimento, qualidade dos serviços/produtos, etc.

Promova o geotagging

O geotagging é uma ramificação de geomarketing que consiste em uma pessoa marcar outro usuário em sua postagem, seja no Instagram ou no Facebook. A maior vantagem é a divulgação espontânea da marca.

Da mesma forma como os comentários e o check-in, cabe a você incentivar esse tipo de comportamento a partir dos próprios clientes por meio de ações e táticas simples de fidelização. Ou seja, para que o consumidor faça propaganda gratuita de seu negócio, ofereça algum benefício em troca, como um cupom de desconto, por exemplo.

Interaja com o mercado

Por fim, mas não menos importante, na posição de empresa, faça comentários e dê feedbacks a respeito das interações que os usuários têm com seu empreendimento.

Dessa forma, além de você encorajar o engajamento, também demonstra que a marca tem uma posição humanizada e valoriza a opinião de cada um de seus clientes, criando vínculos comerciais duradouros.

Quais os benefícios estratégicos do geomarketing?

Ainda existem muitas empresas que não utilizam os recursos que o geomarketing tem a oferecer. Por isso, ter essa ferramenta integrando o seu conjunto de estratégias de marketing é contar com diferenciais competitivos em um mercado tão acirrado como o atual.

Entre os benefícios que o geomarketing tem a oferecer, podemos citar:

  • mapeamento de territórios com maior concentração de perfis de interesse;
  • análise geográfica da concorrência;
  • análise das áreas onde existe potencial de consumo para o varejo;
  • definição de regiões apropriadas para abertura de novos PDVs;
  • segmentação e identificação das regiões com maior potencial;
  • comparação de territórios para alavancar a presença em áreas de pior desempenho
  • mapas de calor/concentração de indivíduos e trabalhadores em áreas-alvo;
  • análise de tempo e deslocamento;
  • penetração geográfica do mix de produtos;
  • localização de clientes e prospects.

​Como você pôde conferir, embora o geomarketing pareça um conceito novo, já é utilizado pelo varejo há quase um século. Graças à tecnologia e à popularização do acesso à internet e às redes sociais, a ferramenta tem proporcionado benefícios inestimáveis para as estratégias de marketing das empresas que têm uma perspectiva de inovação e desenvolvimento com auxílio da tecnologia e desejam agregar um diferencial competitivo às suas atividades.

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Varejo alimentar: 06 dicas de experiências para o seu PDV (+ 1 bônus) 0 304

No varejo, principalmente no segmento alimentício, a concorrência é acirrada e a busca por atrair e fidelizar clientes é constante. 

Para se destacar, é essencial oferecer experiências convenientes, ágeis e personalizadas. 

A tecnologia tem sido uma aliada na geração de experiências de autoatendimento, personalização e interatividade no PDV, aumentando as vendas e a satisfação dos consumidores. 

A seguir, apresentamos 6 exemplos de tecnologias que podem ser aplicadas no seu PDV de varejo alimentar, além de uma dica bônus.

1. Self-checkout

Os terminais de self-checkout são sistemas de autoatendimento onde os próprios clientes registram e pagam pelos produtos. 

Essa tecnologia agiliza o processo de compra, reduz filas e proporciona maior autonomia e satisfação ao cliente. 

Além disso, o self-checkout ajuda a otimizar a gestão de funcionários e a reduzir custos operacionais.

Um exemplo de sucesso na implementação do self-checkout é a rede de supermercados Pão de Açúcar, que introduziu essa tecnologia em suas lojas para melhorar a experiência de compra dos clientes e aumentar a eficiência operacional.

Nas lojas do Pão de Açúcar com self-checkout, os clientes podem escolher entre o atendimento tradicional no caixa ou optar pelo autoatendimento. 

Ao escolherem a opção de self-checkout, os clientes escaneiam os produtos, pesam os itens que necessitam, empacotam-nos e realizam o pagamento por meio de cartões de crédito, débito ou aplicativos de pagamento, sem a necessidade de interagir com um funcionário.

A implementação do self-checkout nessas lojas trouxe diversos benefícios, como:

  1. Redução das filas e do tempo de espera, proporcionando maior comodidade aos clientes;
  2. Maior autonomia para os consumidores, que passaram a ter mais controle sobre o processo de compra;
  3. Otimização do trabalho dos funcionários, que podem ser realocados para outras funções, como atendimento ao cliente e reposição de produtos;
  4. Redução de custos operacionais, já que a necessidade de contratação de caixas é diminuída.

Com a crescente demanda por agilidade e autonomia no varejo, o self-checkout se apresenta como uma solução eficiente para melhorar a experiência de compra e aumentar a competitividade no mercado.

2. Holografia de Gôndola

A holografia de gôndola permite a projeção de imagens tridimensionais de produtos e ofertas nas prateleiras. 

Essas projeções realistas chamam a atenção dos clientes e destacam lançamentos ou itens em promoção, incentivando a compra. 

A tecnologia também pode ser utilizada para criar experiências imersivas e diferenciadas no ponto de venda.

Um grande marca do varejo alimentar que já aposta em holografias de gôndola é a Coca-Cola

A marca incorporou essa tecnologia em diversas redes varejistas para atrair a atenção dos clientes e aumentar o interesse em produtos específicos.

Nas gôndolas equipadas com holografia, os clientes podem ver projeções 3D realistas de produtos, além de itens promocionais.

Essas projeções são exibidas de forma dinâmica e chamativa, destacando os itens em oferta e proporcionando uma experiência de compra única e inovadora.

3. Scan-and-show

O scan-and-show é um sistema que utiliza scanners ou aplicativos de smartphone para ler códigos de barras ou QR codes dos produtos. 

Ao escanear, os clientes têm acesso a informações detalhadas do produto, como ingredientes, informações nutricionais e promoções. 

Isso aumenta a interatividade e confiança do consumidor, além de facilitar a comparação de produtos e a tomada de decisão de compra.

A rede Pão de Açúcar é uma das que já possui um sistema de Scan-and-show.

Por meio do aplicativo, os clientes podem escanear os códigos de barras ou QR codes dos produtos nas prateleiras das lojas, obtendo acesso a informações detalhadas, como ingredientes, informações nutricionais, alergênicos e promoções. 

Além disso, o aplicativo também permite criar listas de compras, verificar o histórico de compras e acumular pontos no programa de fidelidade da rede.

4. Store-in-Store

A estratégia de store-in-store consiste em criar, dentro de um estabelecimento maior, espaços exclusivos dentro para marcas parceiras ou produtos específicos. 

Esses espaços são projetados para destacar e valorizar os itens, atraindo a atenção dos consumidores e gerando maior interesse. 

Mais que isso, o Store-in-Store pode ser uma forma de oferecer experiências personalizadas e exclusivas aos clientes, fortalecendo a relação entre marcas e consumidores.

Veja esse exemplo que fizemos para a Nestlé:

5. Vending Machine

As Vending Machines são máquinas automáticas de venda que disponibilizam produtos selecionados, como lanches, bebidas e itens de conveniência. 

Você com certeza já viu alguma no metrô ou em algum aeroporto.

Essas máquinas oferecem comodidade aos clientes, que podem comprar produtos rapidamente e sem a necessidade de interação com funcionários. 

Além disso, as Vending Machines podem ser posicionadas em áreas estratégicas do PDV, facilitando o acesso e incentivando as compras por impulso.

Mas, nosso ponto aqui é sobre a oportunidade de transformar essas Vending Machines em Pontos de Experiência (PDX).

Você pode aproveitar a própria máquina para investir em publicidade diferenciada que se aproxima do consumidor. 

Veja um exemplo que fizemos com a Ambev:

6. Projeção mapeada em mesas, balcões, superfícies

A projeção mapeada é uma técnica que utiliza projetores para criar imagens e animações interativas em superfícies como mesas, balcões e paredes. 

Essas projeções podem ser usadas para exibir informações sobre produtos, criar ambientes temáticos ou proporcionar experiências imersivas aos clientes. 

Por exemplo, em um restaurante ou padaria, é possível projetar imagens de pratos e bebidas em mesas, permitindo que os clientes visualizem os produtos antes de realizar o pedido. 

A projeção mapeada também pode ser usada para criar ambientes temáticos e personalizados, melhorando a experiência do cliente no PDV.

Para inspirar, deixamos a seguir um exemplo de projeção mapeada que fizemos para a ABYAT: 

(+) BÔNUS: Sensores no ponto de venda (PDV)

Os sensores no PDV são dispositivos tecnológicos que coletam informações sobre o comportamento e preferências dos clientes no ponto de venda. 

Esses dados são úteis para entender melhor o público, personalizar ações promocionais e aprimorar o atendimento.

Um exemplo de plataforma de utiliza sensores no PDV é o Granometrics.io, desenvolvido pela Alice Wonders. 

Essa plataforma multissensor permite mapear o comportamento dos consumidores no PDV e gerar dados e insights poderosos para a tomada de decisão. 

Com o Granometrics, você pode:

  • Aumentar a economia e eficiência da equipe de vendas;
  • Conectar o fluxo da loja física ao online;
  • Aprimorar o visual merchandising baseado em dados;
  • Reposicionar produtos para impulsionar vendas;
  • Antecipar demanda;
  • Prever ruptura de gôndola;
  • E muito mais!

Com o Granometrics.io, você obtém um mapa granular da loja física, medindo o interesse, impacto e volume de fluxo nas áreas de cobertura de cada sensor.

Além disso, a solução é de baixo custo, com sensores IoT acessíveis, conexão 4G inclusa e sensores sem fio. É um sistema plug-and-play de fácil instalação e que não requer mudanças na infraestrutura da loja.

Com base nessas informações, é possível ajustar a estratégia de vendas, aprimorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência do ponto de venda.

Por fim, as tecnologias apresentadas neste artigo podem ajudar a criar experiências mais convenientes, ágeis e personalizadas no varejo alimentar.

Ao adotar soluções como self-checkout, holografia de gôndola, scan-and-show, store-in-store, vending machines e projeção mapeada, é possível atrair e fidelizar clientes, destacando-se da concorrência. 

Além disso, a dica bônus de utilizar sensores no PDV oferece uma oportunidade de melhorar ainda mais a experiência do cliente, baseando-se em dados e insights gerados a partir do comportamento do consumidor.

 

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Smart Retail: Transformando lojas físicas em espaços inteligentes 0 552

Lojas físicas têm sido um elemento fundamental da experiência de compras há décadas, mas o crescimento do comércio eletrônico trouxe uma mudança significativa no comportamento do consumidor. Para permanecer competitivos, as lojas tradicionais precisaram se adaptar e abraçar as últimas tecnologias para oferecer aos clientes uma experiência de compras mais suave e agradável. É aqui que entra o Smart Retail.

O Smart Retail, também conhecido como comércio inteligente, refere-se à integração de tecnologias de ponta em lojas físicas. Isso inclui o uso de sensores, inteligência artificial e outras ferramentas digitais para melhorar a experiência de compras para os clientes. Desde o momento em que os clientes entram em uma loja, eles são recebidos por um ambiente de Smart Retail que lhes fornece informações em tempo real, recomendações personalizadas e um processo de checkout mais eficiente.

Uma das mudanças mais notáveis em lojas de Smart Retail é o uso de sensores. Esses sensores rastreiam o comportamento e as preferências dos clientes, permitindo aos varejistas personalizar sua experiência de compras de acordo. Por exemplo, se um cliente frequentemente compra um determinado produto, eles podem receber recomendações personalizadas com base em suas compras anteriores. Esse tipo de personalização ajuda a construir uma relação mais significativa entre o cliente e a loja, o que leva a um aumento da lealdade do cliente.

Outro aspecto do Smart Retail é o uso da inteligência artificial (IA) para automatizar e simplificar vários processos. Por exemplo, a IA pode ser usada para prever a demanda dos clientes, gerenciar o estoque e até mesmo auxiliar com vendas e marketing. Isso leva a uma operação de varejo mais eficiente e eficaz, permitindo que os varejistas se concentrem em fornecer a melhor experiência possível para o cliente.

O Smart Retail também aproveita os últimos avanços na tecnologia móvel. Os clientes podem usar seus smartphones para acessar informações da loja, visualizar detalhes dos produtos e fazer compras diretamente de seus dispositivos. Isso fornece uma experiência de compra mais conveniente e imersiva, permitindo aos clientes se envolver com a loja de maneiras novas e empolgantes.

Em resumo, o Smart Retail representa uma grande mudança no setor de varejo, oferecendo uma experiência de compra mais personalizada e eficiente para os clientes. Com a integração de novas tecnologias, as lojas físicas estão se tornando mais inteligentes e adaptáveis, tornando-se uma opção mais atraente para clientes que valorizam uma experiência de compra prática. Os varejistas que adotam o varejo inteligente estarão bem posicionados para competir no cenário de varejo em rápida evolução.

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