Pode parecer redundante falar em tecnologia para discutir os desafios do varejo, mas como hoje é preciso lidar com um novo perfil de consumidor, que se divide entre a loja online e a loja física, o tema acaba sempre em primeiro plano.
Para além dos desafios comuns que o setor encontra em um mercado estável, a situação tornou-se ainda mais complexa quando o período de crise econômica no país impactou o poder de compra dos clientes, sentenciando um efeito negativo sobre as vendas.
Como encarar todo esse cenário e ainda ultrapassar a concorrência? Buscando soluções inovadoras e aproveitando o momento de retomada do mercado! Por isso, entenda melhor os desafios, conheça as alternativas e sabia como avançar com segurança!
Quais são os principais desafios do varejo hoje?
As dificuldades enfrentadas pelo mercado, que agora já vive uma fase de recuperação, são discutidas em congressos e conferências em que se reúnem empresários, líderes e especialistas do setor varejista. Podemos destacar como principais desafios:
Trazer inovações para o mercado brasileiro
A principal dificuldade é a cultura do mercado varejista no Brasil. O setor ainda é resistente quanto à adesão de soluções diferenciadas — já em prática no exterior.
Em parte, isso acontece porque o país tem uma lógica de funcionamento própria, com características peculiares. É necessário trazer as referências e ações interessantes, só que adaptadas à realidade do mercado consumidor no país.
Outro aspecto é que a inovação precisa ser desmistificada. Inovar não deve ser visto como um conceito distante. Existem formas diferentes de inovação e, para cada negócio, existem alternativas possíveis.
A ideia de que inovar implica rompimento com o modelo anterior e envolve alto risco é paralisante para o mercado. Na verdade, é possível praticar a inovação em níveis diferentes, cada qual com certo grau de comprometimento e ousadia.
Fazer a integração dos canais de venda
O consumidor atual interage por diferentes canais. Ele quer pesquisar sobre o produto online com tranquilidade, conforto e sem interrupções, para só depois procurar a loja física e confirmar suas impressões sobre o produto.
Estamos falando do consumidor 2.0, um resultado da evolução nas relações atuais de consumo. Publicações especializadas do setor frequentemente alertam para esse perfil de consumidor que interage mais diretamente com as marcas, publica suas experiências de compra e espera respostas em tempo real.
A integração dos canais online e offline torna-se necessária para gerar facilidades na jornada de compra do cliente, disponibilizando informações e abreviando processos para simplificar a decisão final.
Isso porque esse é o novo comportamento do consumidor global: o indivíduo tira dúvidas por meio dos aplicativos de mensagens, depois visita a loja física e, no fim, avalia o atendimento da marca como um todo, não restrito a um ou outro canal de atendimento.
Melhorar a experiência do consumidor
O desafio de proporcionar melhores experiências é mais abrangente do que se imagina. Por exemplo, se o consumidor pode comprar online, qual passa a ser o diferencial da loja física.
Em alguns países, a lojas físicas tornaram-se um centro de experimentação dos produtos, em que nada é vendido. Para comprar, o cliente direciona-se a uma loja com a localização mais conveniente. Ou simplesmente solicita online, com entrega em casa.
Outro essencial sobre aprimorar a experiência do cliente também tem relação com a tecnologia. É que, a partir da análise dos dados coletados por meio de ferramentas específicas, é possível prever comportamentos e entregar com precisão o que o cliente busca. Dessa forma, a marca entrega uma experiência de valor que se diferencia das comuns.
Vale lembrar que qualquer interface, mesmo não sendo a melhor, é útil para o entendimento sobre a experiência de compra do cliente. Alguns fatores como inovar na interação sensorial e criar um ambiente diferenciado no ponto de venda (PDV) podem ser determinantes.
Sem dúvida, o e-commerce está em alta. Em países como a Alemanha, depois de ataques violentos de ações terroristas, esse canal tem sido o motor que impulsiona as vendas. Em se tratando da compra online, é fundamental refletir também sobre melhorar a experiência do usuário nos dispositivos móveis.
Contar com profissionais capacitados para uso de tecnologia
Para lidar com o novo perfil de consumidor, é preciso um profissional que o conheça. Por isso, o desafio aqui é reunir, seja investindo na contratação ou no treinamento, colaboradores com as habilidades necessárias. Em geral, são profissionais multifuncionais e habituados às ferramentas de tecnologia.
Como as empresas estão encarando os desafios?
O varejo, hoje, espalha-se por diversos canais, disponibiliza conteúdo e formas variadas de realizar uma compra, gera engajamento e busca compreender melhor os anseios dos consumidores. Ignorar essa realidade ou esperar que tudo “passe” é um grande erro.
No Brasil, as empresas já investem em tecnologia. No entanto, a mudança de atitude em relação ao seu uso é o verdadeiro motor transformador — nisso, o setor ainda não progrediu.
Estudos que avaliam a transformação digital no varejo apontam que o investimento em tecnologia é priorizado na América do Sul — no entanto, ainda de uma forma preliminar. Como exemplo, temos as redes varejistas que substituíram lojas com estoques físicos por lojas de venda online, assessorada por funcionários.
Elas estão no caminho certo?
A velocidade com que o setor realiza mudanças ainda não é satisfatória, mas a direção em que avançam, sem dúvida, é a correta.
A premissa de que vender implica atuar em outras frentes já vem se consolidando. As empresas agora entendem que é preciso gerar conteúdo, informação e inovação. Muitas vezes, a questão se resume a auxiliar o cliente a tomar a decisão. Nesse aspecto, a indústria deve entender que o produto a oferecer é o conteúdo.
Embora estejam no caminho certo, não é mais uma escolha utilizar os métodos mais antiquados de venda, pois está claro que são insuficientes para garantir a sustentabilidade do negócio. Superar os desafios e inovar é requisito de sobrevivência no mercado.
Como superar os desafios e se destacar?
É possível se destacar tratando com seriedade o “conteúdo” que é entregue ao cliente, inovando em algum ponto e mantendo a tecnologia no núcleo do negócio.
Em 2017, o aumento foi de 3,9% no setor, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A retração da inflação favorece um ciclo de crescimento da economia, o que é sinal positivo para a retomada do mercado pelos varejistas.
Já em março do ano passado, a revista online NOVAREJO estampou na capa que “e-commercializar é preciso”, para falar sobre a necessidade de transição do modelo antigo para novos modelos, incluindo o universo digital.
São necessários projetos de inovação apoiados em tecnologia. Um exemplo é a adoção de soluções para dispositivos móveis, como a implementação de aplicativos que simplificam a compra, enviando alertas promocionais aos usuários. Por meio deles, é possível ainda recolher dados bastante úteis sobre hábitos do cliente.
Onde a inovação entra nesse processo?
Antes de tudo, é essencial entender o processo de inovação como algo completamente possível. A inovação implica conhecimento aprofundado do mercado, do negócio e da concorrência. Só assim você consegue alcançar insights e realmente encontrar o caminho para inovar.
Realizar ou produzir algo inédito não é o único caminho. É possível fazer modificações modestas, mas de valor significativo para o cliente. Ou, ainda, apresentar algo novo para um ramo específico do mercado.
Soluções inovadoras invariavelmente giram em torno de tendências de mercado. Por isso, é fundamental conhecê-las. Uma gestão atenta e eficiente não se fecha para as inovações, mas busca avaliar o cenário por perspectivas diferentes e fazer leituras com base nos verdadeiros desafios do varejo.
Mantenha sua empresa à frente da concorrência. Entre em contato conosco para descobrir qual a melhor forma de encarar os desafios do varejo!
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