O Direct to Consumer em crescimento entre as grandes marcas 0 2817

Direct to Consumer

 

A estratégia DTC está aumentando cada vez mais e transformando as formas de relacionamento com o consumidor final

Em um cenário onde temos um “novo consumidor” em ascensão, com perfil mais exigente, o DTC (Direct To Consumer) entrega experiências personalizadas e únicas, para aproximar e fidelizar esse público. Um dos objetivos é fazer o processo de compra ser parte da experiência do usuário, gerando o seu engajamento.

O que motivou as indústrias a adotarem o varejo direto? Listamos abaixo, cinco objetivos mais relevantes: 

 1. Fortalecer a imagem da empresa e construção da marca

As marcas que usam o DTC priorizam o marketing, o nome da marca e a experiência direta com o consumidor. Além disso, as redes sociais também contribuíram para aproximar o público com interação direta, promoções, engajamento e geração de dados.

 2. Promover experiência diferenciada ao cliente

Quando uma marca possui um PDV próprio, ela tem maior autonomia para criar ações em espaços físicos. As interações e experiências digitais atraem o público de forma diferenciada, despertam o interesse pela marca, produtos e geram vendas mais humanizadas. Como a nossa ação para a Colgate, feita em parceira com a Get2Market, responsável pela criação do projeto e a Creative Display pela fabricação. Levamos a nossa tecnologia a mais de 32 unidades distribuídas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba e Manaus. Através do Lift & Learn, as pessoas puderam retirar os produtos do glorifier, acionando o conteúdo no display e desfrutar da animação customizada de leds, além de aprender dicas da dentista pelo cubo holográfico.

Store in store Colgate, por Alice Wonders
Store in store Colgate, no supermercado Extra, no Morumbi em São Paulo.

3. Portfólio mais amplo e completo 

Uma marca que tem o seu próprio espaço, e-commerce ou loja física, até pop-up stores, consegue mostrar todos os seus produtos disponíveis, além de oferecer produtos exclusivos, o que é uma grande estratégia. Assim, os pontos de revenda não entram em concorrência direta com os PDVS da marca. Recentemente, fomos convidados pela Nestlé, e desenvolvemos experiências digitais para a nova flagship Kit Kat Chocolatory. Na loja interativa, o consumidor encontra todos os novos sabores e tamanhos diferentes de Kit Kat. 

Loja Kit Kat Chocolatory, Alice Wonders
Loja Kit Kat Chocolatory, a primeira no mundo. Fica no Shopping Morumbi, em São Paulo.

4. Coletar dados dos consumidores

Hoje, as marcas possuem várias formas de entrar em contato direto com o consumidor para coletar dados: através do e-commerce, redes sociais, mídias off. Já a coleta de dados em pontos físicos ainda soa como novidade. Através da implantação de BI (Business Intelligence) nas lojas físicas pode ser construída uma ótima estratégia para vendas. Em um evento, Consumer Breakfast, a Intel apresentou um projeto Alice Wonders como novo modelo de venda para o varejo de laptop. Como resultados, conseguimos coletar dados que mostram ticket médio, número de interações, fluxo e qual modelo de laptop combina mais com as necessidades de cada consumidor, de forma personalizada.

Store in store Intel por Alice Wonders
Store-in-store Intel, no supermercado Extra.

5. Maior independência de outros canais de vendas

As marcas estão buscando cada vez menos dependência de pontos de revenda. Embora, não significa que irão abandonar o relacionamento com os canais já existentes. Marcas como Granado, Havaianas, Swift, Garoto, Nestlé, P&G, Adidas e Nike são alguns exemplos de DTC que deram certo. 

Direct to consumer é uma das estratégias de vendas mais fortes e eficientes do mercado para as grandes marcas. E levar experiências digitais incríveis e personalizadas ao público, é a melhor retenção. Gostou? Então, veja mais sobre Experiência de compra: como as lojas estão evoluindo para encantar o consumidor. 

 

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NRF 2025: torne suas lojas insubstituíveis 0 86

lojas

Na era em que tudo está a um toque de distância, o desafio para as lojas físicas é enorme: como competir com alternativas digitais que são mais rápidas e convenientes? A resposta pode estar em explorar necessidades humanas mais profundas, como o desejo de experiências sensoriais, pertencimento e participação em celebrações culturais.

Kevin Ervin Kelley, designer de experiências e autor de IRREPLACEABLE, compartilhou três décadas de aprendizado em sua palestra na NRF 2025, destacando princípios e ferramentas que podem transformar o varejo. A seguir, resumimos os principais insights desse evento inspirador.

1 – A influência do ambiente no comportamento do consumidor

O design e o layout das lojas desempenham um papel essencial na forma como os consumidores percebem e interagem com os espaços de varejo. Um ambiente positivo pode melhorar a experiência do cliente, incentivando compras e fidelidade.

Por exemplo, uma rede de restaurantes redesenhou seu espaço para criar uma atmosfera mais acolhedora, o que resultou na duplicação de suas vendas. Esse caso evidencia como o design estratégico pode impactar positivamente a tomada de decisões dos consumidores.

2 – Criando um senso de comunidade nos espaços de varejo

Espaços que promovem um senso de pertencimento e interações sociais são altamente valorizados pelos consumidores nos dias atuais.

O The Grove, em Los Angeles, é um exemplo claro: projetado para fomentar o sentimento de comunidade, esse local atrai mais visitantes do que a Disneyland, oferecendo um ambiente em que as pessoas se reúnem, interagem e criam memórias.

3 – O papel das emoções no varejo

As emoções são um poderoso motor de decisões. Conexões emocionais com marcas não apenas impulsionam as vendas, mas também aumentam a lealdade dos consumidores.

Estratégias que entendem e exploram essas conexões emocionais são essenciais para criar experiências memoráveis e insubstituíveis.

4 – O conceito da “fogueira” no varejo

Inspirado nas antigas fogueiras como pontos de encontro, Kevin Kelley introduziu esse conceito como uma maneira de atrair e engajar consumidores. Espaços que funcionam como uma “fogueira” oferecem um ponto focal para interações sociais, reforçando o senso de comunidade e criando um diferencial para a marca.

5 – O poder das experiências sensoriais

lojas
Crédito: LinkedIn Kevin

“Tudo no seu corpo passa pelos sentidos. Se você quer entender os seres humanos, comece pelos sentidos primeiro”, afirmou Kelley.

Lojas que oferecem experiências sensoriais envolventes podem capturar a atenção e a memória dos consumidores, criando uma vantagem competitiva em um mercado saturado.

6 – Contando histórias para construir marcas

O storytelling é outra ferramenta poderosa discutida na palestra. Marcas que se conectam com os consumidores por meio de histórias autênticas criam laços mais profundos e duradouros.

Quando alinhados aos valores do público, esses relatos reforçam a identidade da marca e geram engajamento com todo o público.

7 – A importância das lojas físicas para interações sociais

Embora a tecnologia ofereça conveniência, as lojas físicos ainda são fundamentais para promover conexões humanas. Layouts bem planejados incentivam interações espontâneas e criam momentos significativos que nenhum app pode substituir.

Conclusão: é hora de fortalecer sua loja física

Para prosperar na economia de substituição, os varejistas precisam ir além de preços competitivos e conveniência. Criar experiências insubstituíveis exige explorar as emoções, construir comunidades e oferecer experiências sensoriais memoráveis.

Inspirado pela filosofia de Kevin Ervin Kelley, o futuro do varejo está em projetar espaços que não são apenas lugares para comprar, mas destinos para se conectar e celebrar a humanidade.

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Resiliência econômica e inovação no varejo: insights da NRF 2025 com David Solomon 0 68

NRF

Durante a NRF 2025, Matthew Shay, CEO da National Retail Federation (NRF), entrevistou David Solomon, Chairman e CEO do The Goldman Sachs Group Inc., em um diálogo revelador sobre economia global, inovação tecnológica e os desafios enfrentados por líderes empresariais. 

A conversa foi uma aula prática sobre como resiliência, inovação e liderança estratégica podem moldar o futuro do varejo e dos negócios globais. Confira alguns dos tópicos abordados e tratados durante a palestra!

1. Resiliência econômica dos EUA como motor Global

David Solomon iniciou destacando o papel central dos Estados Unidos como a principal potência econômica global. Ele ressaltou a resiliência do país em enfrentar desafios econômicos e atrair investimentos.

“Os Estados Unidos continuam sendo um pilar de inovação e crescimento. Existe um interesse extraordinário em estar nos EUA, investir nos EUA e viver nos EUA,” disse Solomon.

Apesar de pressões como inflação e déficit crescente, Solomon se mantém otimista: “A economia dos EUA tem sido incrivelmente resiliente ao longo do tempo. Mesmo com desafios, a base de inovação e produtividade garante perspectivas positivas a longo prazo.”

2. Desafios de inflação e dívida pública

A inflação, embora mais controlada em alguns aspectos, segue como uma preocupação, especialmente com o déficit público alcançando níveis historicamente altos. Solomon alertou:

“Precisamos gerenciar melhor os gastos públicos e o nível de endividamento, pois isso afeta diretamente a confiança dos investidores e o crescimento econômico.”

Para o varejo, esses desafios implicam consumidores mais cautelosos e focados em valor, o que exige que as marcas sejam mais estratégicas em suas ofertas e promoções.

3. A revolução da Inteligência Artificial

A tecnologia, especialmente a inteligência artificial (IA), foi apontada, durante essa palestra da NRF, como um dos motores centrais para o futuro dos negócios. Solomon destacou:

“Estamos no início de um ciclo que transformará a produtividade nas empresas. Ferramentas de IA estão mais acessíveis e têm o poder de melhorar a vida das pessoas e otimizar negócios.”

Ele também comparou a curva de adoção da IA a ciclos tecnológicos anteriores, prevendo um impacto profundo nos próximos 5-10 anos: “Embora os custos de hardware ainda sejam altos, avanços em chips e infraestrutura vão reduzir esses preços, tornando a tecnologia ainda mais acessível para empresas de todos os tamanhos.”

Ademais, é importante reforçar que para o varejo, a IA abre possibilidades variadas de melhoria e crescimento, por exemplo:

  • Personalização de experiências de compra, com interações mais relevantes;
  • Automação de operações: desde a gestão de estoques até o atendimento ao cliente;
  • Previsão de demanda, melhorando a precisão no planejamento e reduzindo desperdícios.

Mas não só isso, afinal, a tendência é que a IA continue evoluindo e melhorando, trazendo benefícios diversos para os mais diferentes ramos de atuação.

4. Rebalanceamento das cadeias de suprimentos

A pandemia e as tensões geopolíticas têm forçado as empresas a reavaliar suas cadeias de suprimentos, com maior foco em resiliência e localização. Solomon explicou mais sobre isso:

“Estamos vendo uma reestruturação estratégica em setores como chips, minerais raros e saúde. Embora essas mudanças levem tempo, elas são necessárias para garantir resiliência e segurança.”

E no varejo, essa transformação implica no aumento da dependência de fornecedores locais, na reconfiguração de estoques e no investimento em inovação logística, principalmente ara acompanhar as mudanças na cadeia de valor.

5. Consumidor mais cauteloso, mas resiliente

Solomon destacou que o consumidor americano ainda está em recuperação, lidando com desafios como inflação e insegurança econômica. “A inflação é extraordinariamente punitiva, especialmente para famílias de renda mais baixa,” observou ele.

No entanto, ele também apontou sinais de resiliência: “Apesar das dificuldades, o consumidor continua a sustentar boa parte da atividade econômica, buscando valor e experiências diferenciadas.”

Dessa forma, no varejo, isso reforça a importância de oferecer: preços competitivos, focados em custo-benefício; experiências híbridas e que integrem o físico e o digital de maneira fluida; e produtos relevantes e personalizados, principalmente para atender às expectativas crescentes dos consumidores.

6. Construindo resiliência organizacional

A conversa na NRF 2025 também abordou a importância da liderança e da cultura corporativa em tempos de incerteza. Solomon compartilhou sua visão sobre como líderes devem alinhar suas equipes em torno de valores e objetivos claros.

“No Goldman Sachs, nossos valores – integridade, parceria e excelência no atendimento ao cliente – são os pilares que guiam todas as nossas decisões,” explicou ele.

Ele destacou que líderes devem investir em talentos e criar culturas organizacionais fortes que sejam capazes de resistir a desafios e se adaptar rapidamente às mudanças.

Conclusão NRF 2025: navegando o futuro do varejo e dos negócios

NRF 2025O diálogo entre Matthew Shay e David Solomon deixou claro que resiliência, inovação e liderança são essenciais para enfrentar as incertezas do cenário econômico global. Para o varejo, o futuro será definido por como as empresas adotam tecnologias emergentes, reestruturam suas operações e atendem às necessidades em evolução dos consumidores.

Como Solomon concluiu durante a NRF 2025: “As organizações que conseguem se alinhar a essas transformações estratégicas estarão bem posicionadas para liderar no futuro.”

E você, como está enfrentando os desafios econômicos e aproveitando as oportunidades de inovação no varejo? Compartilhe suas ideias conosco!

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