Reinvenção do varejo de moda na pandemia: soluções criativas e práticas 0 4727

Reinvenção do varejo de moda

Mais conforto e menos tendência é a regra de 2020 para a moda. O varejo de moda foi o setor que mais sofreu com as mudanças de comportamento do consumidor, em decorrência da crise do novo coronavírus. Nos últimos meses a moda vem se reinventando e para isso, o fator principal é o foco no cliente para conseguir aumentar as vendas. 

Um estudo do Google revelou que os hábitos e intenções de compra das pessoas durante a pandemia passou por 3 etapas: no primeiro momento priorizamos a aquisição de itens de proteção pessoal e as compras essenciais, como alimentos e produtos de limpeza; após esse período, as pessoas passaram pela fase de acomodação, comprando objetos para o lar, como utensílios de cozinha, eletrodomésticos, objetos para praticar atividades físicas indoor e para fazer home office; na terceira fase as prioridades mudaram, a forma de pensar passou a ser “eu preciso” e “eu mereço”. Ou seja, neste momento o comportamento do consumidor está voltado para o valor do cuidado e a preocupação de estar e sentir-se bem. 

Comportamento do consumidor na quarentena
Comportamento do consumidor na quarentena. Fonte: Dados internos do Google

É o que reflete diretamente nos produtos que estão sendo mais procurados, aqueles que entregam conforto. As pessoas estão comprando roupas mais largas, dando preferência para tecidos confortáveis, como moletons, principalmente no inverno, o que fez aumentar a procura por pantufas. 

Para atender aos novos comportamentos dos clientes e a tantas mudanças, o varejo de moda precisou ser resiliente. Continue lendo para descobrir as saídas que podem minimizar os efeitos da crise. 

Redes Sociais para educar 

O que toda marca deseja é entender o seu cliente, os seus problemas, as suas dores, para entregar o conteúdo certo para o cliente certo. E durante a quarentena as compras aconteceram, em sua maioria, no ambiente digital, o que acabou dificultando uma grande parcela das pessoas que nunca haviam realizado uma transação online antes. 

Para suprir este tipo de necessidade, a fim de educar os novos usuários digitais, algumas marcas usaram o poder dos influenciadores através de vídeos ensinando as pessoas a fazerem compras pelo site ou aplicativos, explicando como realizar trocas de produtos pelo site, e muitos outros conteúdos voltados para soluções de problemas de experiência do usuário

A saída para romper a barreira do físico e o digital é ensinando as pessoas, fazendo vídeos tutoriais, posts com instruções de uso, chat para tirar dúvidas. Usar um tom didático aproxima as pessoas e leva mais empatia. A transformação digital precisa chegar a todos para ser eficaz.  

A ressignificação da moda

Como dissemos acima, a procura por roupas confortáveis aumentou nos últimos meses – o que levou o jeans a ser deixado de lado. Atenta a essas oportunidades, a marca Havaianas aproveitou o momento oportuno para trazer de volta uma peça que já esteve em seu portfólio, e lançou a coleção de meias de dedo com diversas estampas e cores vivas. A novidade traz a solução criativa e prática para as pessoas usarem meias e poderem causar sandálias com mais facilidade e conforto. 

E não paramos por aí. O novo comportamento dos consumidores revela que as pessoas estão ainda mais preocupadas com a sustentabilidade

Por isso, peças customizadas estão em alta agora. O que acabou fazendo do upcycling deixar de ser um movimento alternativo da moda para entrar no gosto e no guarda-roupa dos quarenteners. Estamos passando por um processo na moda de levar ressignificado para as roupas como um ato de responsabilidade. 

Outro ponto relevante é o aumento do interesse pelo gosto de peças atemporais e mais versáteis. Além disso, com o agravante fator da diminuição do poder de compra das pessoas, que estão poupando suas economias no momento, acabou influenciando nas escolhas por peças que tenham mais qualidade e durabilidade

A tecnologia nos desfiles de moda

Na semana de moda de Milão deste ano, ocorrido no final de fevereiro e que na época o coronavírus já estava com altas taxas de contaminação na Europa, Giorgio Armani foi o primeiro a adotar o desfile a portas fechadas, sem platéia, sendo transmitido ao vivo pela internet. A partir desse fato, a indústria da moda se viu obrigada a usar toda a sua criatividade para levar suas coleções ao público, usando a tecnologia como ferramenta.

Mas quem gerou comoção de forma inusitada foi Anifa Mvuemba, diretora criativa da marca Hanifa, que apresentou o desfile da sua coleção inteira em 3D e conquistou a internet em uma live no IGTV oficial da marca. O impacto se deu pelo poder realista no movimento das peças, numa animação bem estruturada e muito bem feita. Por trás de toda a inovação do desfile, o que mais chama a atenção em aspecto de branding é o alcance que o evento tomou. 

Os desfiles transmitidos ao vivo pela internet atingem jornalistas, compradores e o público final, ou seja, torna acessível um evento que antes era extremamente seletivo. 

O impacto foi tão positivo que a semana de alta-costura inverno 2020/21 foi totalmente digital. Os grandes estilistas das marcas mais famosas do mundo foram além em inspirações, criatividade e inovação em suas apresentações. A maioria deles usaram uma dose de escapismo nas criações de suas coleções. 

Para citar alguns exemplos, o desfile espetáculo da grife Balmain aconteceu em um barco, e teve como passarela o rio Sena, em Paris, com transmissão ao vivo. A Valentino, em seu vídeo de apresentação da coleção, usou projeções mapeadas sobre as peças brancas, sugerindo a ideia de um diálogo entre o digital e o humano. 

Soluções para garantir a segurança dos clientes

Mesmo fazendo todo o processo online de exposição da coleção e do catálogo, há clientes que preferem visitar a loja para conferir as peças de perto nas araras do showroom. Por isso, é preciso estar preparado para receber as pessoas garantindo a segurança delas neste momento. 

Muitas marcas estão se organizando para fazer o Re-see com hora marcada, o agendamento é a melhor forma de garantir um ambiente seguro para que não haja aglomerações. Além de tudo, proporciona um atendimento exclusivo e atencioso, que faz toda a diferença para este cliente. 

É muito importante garantir a segurança dos consumidores em todas as etapas até no envio das peças. Para isso, as roupas antes de serem embaladas para a entrega precisam ser higienizadas com spray antisséptico, que funcionam como neutralizadores de partículas virais. Já existem no mercado esses produtos que têm eficiência comprovada contra o coronavírus. Se a sua marca possui este tipo de cuidado com os cliente, é um diferencial a mais entregar as roupas com um selo de segurança, não é mesmo? 

Aproveite os cases das marcas que citamos como exemplos neste artigo para extrair insights que possam ajudar o seu negócio e aposte na sua criatividade! Gostou deste conteúdo? Então, inscreva-se na nossa newsletter para receber as novidades do nosso blog diretamente em seu e-mail. 

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Smart Retail: Transformando lojas físicas em espaços inteligentes 0 553

Lojas físicas têm sido um elemento fundamental da experiência de compras há décadas, mas o crescimento do comércio eletrônico trouxe uma mudança significativa no comportamento do consumidor. Para permanecer competitivos, as lojas tradicionais precisaram se adaptar e abraçar as últimas tecnologias para oferecer aos clientes uma experiência de compras mais suave e agradável. É aqui que entra o Smart Retail.

O Smart Retail, também conhecido como comércio inteligente, refere-se à integração de tecnologias de ponta em lojas físicas. Isso inclui o uso de sensores, inteligência artificial e outras ferramentas digitais para melhorar a experiência de compras para os clientes. Desde o momento em que os clientes entram em uma loja, eles são recebidos por um ambiente de Smart Retail que lhes fornece informações em tempo real, recomendações personalizadas e um processo de checkout mais eficiente.

Uma das mudanças mais notáveis em lojas de Smart Retail é o uso de sensores. Esses sensores rastreiam o comportamento e as preferências dos clientes, permitindo aos varejistas personalizar sua experiência de compras de acordo. Por exemplo, se um cliente frequentemente compra um determinado produto, eles podem receber recomendações personalizadas com base em suas compras anteriores. Esse tipo de personalização ajuda a construir uma relação mais significativa entre o cliente e a loja, o que leva a um aumento da lealdade do cliente.

Outro aspecto do Smart Retail é o uso da inteligência artificial (IA) para automatizar e simplificar vários processos. Por exemplo, a IA pode ser usada para prever a demanda dos clientes, gerenciar o estoque e até mesmo auxiliar com vendas e marketing. Isso leva a uma operação de varejo mais eficiente e eficaz, permitindo que os varejistas se concentrem em fornecer a melhor experiência possível para o cliente.

O Smart Retail também aproveita os últimos avanços na tecnologia móvel. Os clientes podem usar seus smartphones para acessar informações da loja, visualizar detalhes dos produtos e fazer compras diretamente de seus dispositivos. Isso fornece uma experiência de compra mais conveniente e imersiva, permitindo aos clientes se envolver com a loja de maneiras novas e empolgantes.

Em resumo, o Smart Retail representa uma grande mudança no setor de varejo, oferecendo uma experiência de compra mais personalizada e eficiente para os clientes. Com a integração de novas tecnologias, as lojas físicas estão se tornando mais inteligentes e adaptáveis, tornando-se uma opção mais atraente para clientes que valorizam uma experiência de compra prática. Os varejistas que adotam o varejo inteligente estarão bem posicionados para competir no cenário de varejo em rápida evolução.

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Experiências Digitais: A evolução das lojas físicas 0 425

As Experiências Digitais em lojas físicas estão mudando a forma como os consumidores interagem com as marcas e os produtos. Essas tecnologias permitem que as empresas acessem informações valiosas sobre o comportamento dos consumidores, ajudando-as a entender melhor suas necessidades e desejos.

Por exemplo, as lojas podem usar sensores para rastrear as rotas que os clientes tomam ao redor da loja, a quantidade de tempo que passam em determinadas áreas e o que estão olhando ou tocando. Essas informações podem ser usadas para ajustar a disposição dos produtos, a exibição de marketing e a localização dos displays.

Outra forma de experimentar o comportamento do consumidor é por meio de tecnologias de realidade aumentada e virtual, como provadores virtuais e aplicativos de realidade aumentada. Esses recursos permitem que os consumidores experimentem produtos sem ter que sair da loja, aumentando a probabilidade de compra. Além disso, as lojas podem coletar dados sobre as preferências de cor, tamanho e estilo dos consumidores, ajudando-as a personalizar suas ofertas futuras.

As Experiências Digitais também estão mudando a forma como os consumidores pagam pelos produtos. As lojas podem oferecer opções de pagamento móvel, como Apple Pay e Google Wallet, tornando o processo de compra mais rápido e conveniente. Além disso, os consumidores podem usar aplicativos para escanear códigos de barras e comparar preços antes de fazer a compra.

Em resumo, as Experiências Digitais em lojas físicas estão revolucionando a forma como as empresas compreendem o comportamento do consumidor. Ao coletar e analisar dados sobre a interação dos consumidores com os produtos e as lojas, as empresas podem ajustar suas estratégias de marketing e vendas para atender melhor às necessidades dos clientes. E isso, por sua vez, aumenta a satisfação dos clientes e a fidelidade à marca.

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