
Durante a NRF 2025, Matthew Shay, CEO da National Retail Federation (NRF), entrevistou David Solomon, Chairman e CEO do The Goldman Sachs Group Inc., em um diálogo revelador sobre economia global, inovação tecnológica e os desafios enfrentados por líderes empresariais.
A conversa foi uma aula prática sobre como resiliência, inovação e liderança estratégica podem moldar o futuro do varejo e dos negócios globais. Confira alguns dos tópicos abordados e tratados durante a palestra!
1. Resiliência econômica dos EUA como motor Global
David Solomon iniciou destacando o papel central dos Estados Unidos como a principal potência econômica global. Ele ressaltou a resiliência do país em enfrentar desafios econômicos e atrair investimentos.
“Os Estados Unidos continuam sendo um pilar de inovação e crescimento. Existe um interesse extraordinário em estar nos EUA, investir nos EUA e viver nos EUA,” disse Solomon.
Apesar de pressões como inflação e déficit crescente, Solomon se mantém otimista: “A economia dos EUA tem sido incrivelmente resiliente ao longo do tempo. Mesmo com desafios, a base de inovação e produtividade garante perspectivas positivas a longo prazo.”
2. Desafios de inflação e dívida pública
A inflação, embora mais controlada em alguns aspectos, segue como uma preocupação, especialmente com o déficit público alcançando níveis historicamente altos. Solomon alertou:
“Precisamos gerenciar melhor os gastos públicos e o nível de endividamento, pois isso afeta diretamente a confiança dos investidores e o crescimento econômico.”
Para o varejo, esses desafios implicam consumidores mais cautelosos e focados em valor, o que exige que as marcas sejam mais estratégicas em suas ofertas e promoções.
3. A revolução da Inteligência Artificial
A tecnologia, especialmente a inteligência artificial (IA), foi apontada, durante essa palestra da NRF, como um dos motores centrais para o futuro dos negócios. Solomon destacou:
“Estamos no início de um ciclo que transformará a produtividade nas empresas. Ferramentas de IA estão mais acessíveis e têm o poder de melhorar a vida das pessoas e otimizar negócios.”
Ele também comparou a curva de adoção da IA a ciclos tecnológicos anteriores, prevendo um impacto profundo nos próximos 5-10 anos: “Embora os custos de hardware ainda sejam altos, avanços em chips e infraestrutura vão reduzir esses preços, tornando a tecnologia ainda mais acessível para empresas de todos os tamanhos.”
Ademais, é importante reforçar que para o varejo, a IA abre possibilidades variadas de melhoria e crescimento, por exemplo:
- Personalização de experiências de compra, com interações mais relevantes;
- Automação de operações: desde a gestão de estoques até o atendimento ao cliente;
- Previsão de demanda, melhorando a precisão no planejamento e reduzindo desperdícios.
Mas não só isso, afinal, a tendência é que a IA continue evoluindo e melhorando, trazendo benefícios diversos para os mais diferentes ramos de atuação.
4. Rebalanceamento das cadeias de suprimentos
A pandemia e as tensões geopolíticas têm forçado as empresas a reavaliar suas cadeias de suprimentos, com maior foco em resiliência e localização. Solomon explicou mais sobre isso:
“Estamos vendo uma reestruturação estratégica em setores como chips, minerais raros e saúde. Embora essas mudanças levem tempo, elas são necessárias para garantir resiliência e segurança.”
E no varejo, essa transformação implica no aumento da dependência de fornecedores locais, na reconfiguração de estoques e no investimento em inovação logística, principalmente ara acompanhar as mudanças na cadeia de valor.
5. Consumidor mais cauteloso, mas resiliente
Solomon destacou que o consumidor americano ainda está em recuperação, lidando com desafios como inflação e insegurança econômica. “A inflação é extraordinariamente punitiva, especialmente para famílias de renda mais baixa,” observou ele.
No entanto, ele também apontou sinais de resiliência: “Apesar das dificuldades, o consumidor continua a sustentar boa parte da atividade econômica, buscando valor e experiências diferenciadas.”
Dessa forma, no varejo, isso reforça a importância de oferecer: preços competitivos, focados em custo-benefício; experiências híbridas e que integrem o físico e o digital de maneira fluida; e produtos relevantes e personalizados, principalmente para atender às expectativas crescentes dos consumidores.
6. Construindo resiliência organizacional
A conversa na NRF 2025 também abordou a importância da liderança e da cultura corporativa em tempos de incerteza. Solomon compartilhou sua visão sobre como líderes devem alinhar suas equipes em torno de valores e objetivos claros.
“No Goldman Sachs, nossos valores – integridade, parceria e excelência no atendimento ao cliente – são os pilares que guiam todas as nossas decisões,” explicou ele.
Ele destacou que líderes devem investir em talentos e criar culturas organizacionais fortes que sejam capazes de resistir a desafios e se adaptar rapidamente às mudanças.
Conclusão NRF 2025: navegando o futuro do varejo e dos negócios
O diálogo entre Matthew Shay e David Solomon deixou claro que resiliência, inovação e liderança são essenciais para enfrentar as incertezas do cenário econômico global. Para o varejo, o futuro será definido por como as empresas adotam tecnologias emergentes, reestruturam suas operações e atendem às necessidades em evolução dos consumidores.
Como Solomon concluiu durante a NRF 2025: “As organizações que conseguem se alinhar a essas transformações estratégicas estarão bem posicionadas para liderar no futuro.”
E você, como está enfrentando os desafios econômicos e aproveitando as oportunidades de inovação no varejo? Compartilhe suas ideias conosco!
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